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29 de abril de 2011



O amor antigo


O amor mais antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera
Mais do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raizes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulhas no infinito,
e por estas suplanta a natureza.

Se em toda parte o tempo desmorona,
aquilo que foi grande e desnumbrante,
o antigo amor, porem, nunca penece,
e a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele vence a dor,
e resplandece no seu canto escuro,
tanto mais velho quanto mais amor.

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